Os cuidados paliativos são por excelência uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes, de forma global, sendo adultos e crianças, como também de suas respectivas famílias que enfrentam problemas associados a doenças com risco de vida, é uma abordagem que previne e que alivia o sofrimento por meio da identificação precoce da avaliação e do tratamento corretos da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.
Aspecto Físico
Objetivo: Aliviar o sofrimento físico e proporcionar o máximo conforto possível.
Características
Controle da Dor: Gestão eficaz da dor é uma prioridade, utilizando medicamentos e terapias apropriadas para proporcionar alívio e conforto.
Sintomas Associados: Além da dor, os cuidados paliativos lidam com outros sintomas como falta de ar, náuseas, vômitos, constipação e fadiga, adaptando as estratégias conforme a necessidade do paciente.
Cuidados de Enfermagem: Incluem a administração de medicamentos, monitoramento de sinais vitais, cuidados com a higiene, prevenção de úlceras de pressão e outras necessidades físicas.
Nutrição e Hidratação: Avaliação e suporte para a alimentação e a ingestão de líquidos, ajustando as intervenções conforme as condições do paciente, resgatando a memória afetiva de pratos específicos e instruindo a família sobre novos protocolos de nutrição.
Aspecto Psíquico
Objetivo: Apoiar a saúde mental e emocional, ajudando o paciente, família e cuidador a enfrentar o impacto psicológico da doença.
Características
Suporte Emocional: Ajudar o paciente e seus familiares a lidar com sentimentos de medo, tristeza, ansiedade e depressão, utilizando terapias psicológicas e apoio emocional.
Comunicação: Promover um ambiente onde o paciente possa expressar seus sentimentos, preocupações e desejos. Facilitar a comunicação aberta entre o paciente, familiares e a equipe de saúde.
Terapias de Apoio: Incluem o uso de aconselhamento psicológico, terapia ocupacional e atividades que promovam o bem-estar mental.
Aspecto Social
Objetivo: Apoiar e melhorar a interação social e as relações do paciente com sua família e comunidade.
Características
Apoio Familiar: Auxiliar a família a entender a condição do paciente e a lidar com o impacto emocional e logístico da doença. Oferecer suporte para decisões difíceis e preparar a família para o processo de luto.
Rede de Apoio: Facilitar o envolvimento de redes de apoio social, como grupos de apoio e voluntariado, para oferecer suporte adicional ao paciente e à família.
Aspectos Práticos: Ajudar com questões práticas, como coordenação de cuidados, acesso a serviços e recursos comunitários e adaptações no ambiente doméstico.
Aspecto Espiritual
Objetivo: Atender às necessidades espirituais e religiosas do paciente, proporcionando conforto e significado.
Características
Conexão Espiritual: Respeitar e explorar as crenças espirituais e religiosas do paciente. Proporcionar um espaço para que o paciente reflita sobre questões de sentido e propósito.
Apoio Espiritual: Oferecer a presença de capelães, conselheiros espirituais ou religiosos que possam fornecer suporte conforme as crenças do paciente.
Rituais e Práticas: Facilitar o acesso a rituais, práticas e tradições que sejam importantes para o paciente, ajudando a manter a conexão com sua fé e comunidade espiritual.
A abordagem dos cuidados paliativos é fundamentada na personalização do atendimento, reconhecendo a individualidade de cada paciente e adaptando as intervenções para atender às suas necessidades específicas em cada um desses aspectos. A meta é proporcionar uma experiência de vida que seja tão confortável e significativa quanto possível, respeitando a dignidade e os valores do paciente. Vale salientar que os cuidados paliativos são necessários e recomendados desde o diagnóstico de doença grave e estarão junto com o tratamento modificador de doença até que se torne a principal terapêutica com o avanço da doença.
No Brasil, os cuidados paliativos funcionam como uma abordagem integrada ao sistema de saúde e pode ser oferecida em diversos contextos, incluindo hospitais, clínicas e instituições especializadas, além de ser parte de programas de saúde domiciliar.
JÁ CONHECE A POLÍTICA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS?
No Brasil, os cuidados paliativos funcionam como uma abordagem integrada ao sistema de saúde e pode ser oferecida em diversos contextos, incluindo hospitais, clínicas e instituições especializadas, além de ser parte de programas de saúde domiciliar.
1. Acesso e Integração: Os cuidados paliativos são integrados ao sistema de saúde e podem ser oferecidos tanto no SUS (Sistema Único de Saúde) quanto na rede privada. No SUS, os cuidados paliativos são incluídos em programas e serviços de saúde, mas a disponibilidade pode variar conforme a região.
2. Equipe Multidisciplinar: Uma equipe de cuidados paliativos geralmente inclui médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde. Essa equipe trabalha em conjunto para abordar as necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente.
3. Objetivo: O principal objetivo é aliviar sintomas como dor, falta de ar e outros desconfortos, além de fornecer suporte emocional e psicológico tanto para o paciente quanto para a família.
4. Cuidados Personalizados: Os cuidados são adaptados às necessidades e desejos individuais do paciente, respeitando sua autonomia e preferências.
5. Apoio à Família: A abordagem também inclui o suporte à família, ajudando a lidar com o impacto emocional e oferecendo orientações e recursos.
6. Educação e Capacitação: A formação e capacitação de profissionais de saúde em cuidados paliativos têm avançado no Brasil, com cursos e programas de treinamento focados em práticas humanizadas e éticas.
7. Legislação e Diretrizes: O Brasil tem diretrizes e políticas para a prática de cuidados paliativos, que são desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e outras instituições para garantir uma abordagem consistente e de qualidade.
Apesar dos avanços, há desafios, como a necessidade de mais recursos e a ampliação da cobertura em áreas mais remotas e menos favorecidas.